quinta-feira, 7 de agosto de 2014





Hoje estou tão feliz! Só um homem que ama,
Como eu te amo, pode estar exultante assim.
Deste-te por inteira; nos meus braços clamaste
Numa onda de prazer – insólito –,
Como chama ardente, tal bola de fogo em mim.

És tudo o que um homem sonha,
Deseja e obtém, num ataque de fúria
Lúcido, mas simultaneamente,
Irracional, num momento único
Fora do normal.

Porquê hoje? A tua líbido aumentou e presenteou
Aquele que mais te ama neste mundo
Nefasto e inexorável, com um sentimento profundo,
Que muito o maravilhou.

Tu que te fechas na concha, qual pérola perfeita,
Para quem o amor não existe, salvo quando o Sol brilha
E aquece o teu íntimo; tu que desconheces igualmente
O que significa “amar”, apenas deixas que exista,
Unicamente por seres pessimista…

A poesia tem o dom de abrir o espírito às coisas belas,
E o amor é belo, muito belo, por isso estou ciente,
Que este pequeno poema que te dirijo,
Te trará de novo para mim, inteira, discretamente,


Porque te amo – simplesmente –, te amo.

NATÁLIA VALE

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